sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Inimigos da cruz de Cristo > 2

19 Cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só se preocupam com as coisas terrenas.

Deste texto supra citado percebemos algumas características maléficas reveladas pelo apóstolo ao corpo de Cristo.  Algumas ocorrem sutilmente e podem nos afastar do alvo que é Cristo, logo não devemos ignorá-las.

Em um primeiro momento, percebemos a interpretação distorcida da liberdade outorgada à igreja, já mencionada. Em nossos dias existem homens, que se dizem apóstolos, ensinando a mesma falsa liberdade combatida por Paulo para o delírio de muitos, porém neste momento não cabe maior comentário. Aquele que nasceu de novo, perdoado, regenerado, reconciliado, justificado etc., não pode viver na prática do pecado. Não há compatibilidade de pecado, atitudes em desconformidade com a Palavra, em face de uma vida consagrada a Deus. O pecado é um acidente de percurso e não uma constante na vida dos filhos de Deus. O apóstolo João afirmou que aquele que nasceu de novo não vive na prática do pecado. Aquele que afirma ser de Jesus e tem conduta não condizente com os ensinamentos contidos no Evangelho de Jesus, sejam explícitos ou implícitos, deverá rever seus conceitos de vida cristã. É lamentável, mas algumas pessoas que estão no meio da congregação nunca tiveram um encontro real e definitivo com Jesus, são simpatizantes do evangelho, religiosos, tentando viver uma vida cristã pela força do braço.

Em um segundo momento, Paulo faz uma declaração bombástica, porém esclarecedora para a igreja de Jesus. A atmosfera de uma sociedade materialista, capitalista, consumista e imediatista, poderá sutilmente distorcer na mente de muitos a essência do Evangelho. Um exemplo palpável é o ensino da falsa prosperidade, fundamentada em ocultismo americano, em detrimento da prosperidade fulcrada nas Escrituras. Paulo declara que aqueles que só pensam nas coisas da terra estão prostrados diante de um "deus ventre", e o destino deles é a perdição. Ressalte-se que o texto redacional é altamente esclarecedor, não permitindo nenhuma distorção semântica extremada. Em hipótese alguma há margem para se declarar que as coisas materiais devem ser expurgadas da vida das pessoas, ou que devemos viver como miseráveis para agradar ao Pai etc. Os novos convertidos talvez não saibam,  mas este ensinamento errôneo e sem fundamento foi cativeiro para vida de muitas pessoas.

O problema não são as coisas materiais; e sim, o coração do homem, gênero, que se prostra diante de um tesouro maior, o próprio ego. O texto é bem claro, a problemática é a inversão de valores, ou seja, as demais coisas sobrepujam o reino de Deus, o qual não é bebida, nem comida, mas justiça, paz e alegria no espírito. Não há erro algum pensar nas coisas da terra; e sim, de que maneira este pensamento é administrado. Jesus afirmou que onde estiver o  tesouro do homem, ali estaria também o coração dele. É lamentável, mas infelizmente somos testemunhas oculares de mudanças comportamentais de muitos amados que negociam riquezas insondáveis em nome de uma falsa prosperidade. 

Denílson Alves

Graça e paz!