Infelizmente, o ser humano tem a capacidade de armazenar as coisas ruins que lhe foram acometidas; ficam presas ao passado e não conseguem vislumbrar um amanhã melhor; não conseguem projetar o futuro e perdem a capacidade de sonhar; esquecem que por mais escura que for á noite, pela manhã o sol há de brilhar; e por mais intenso que seja o inverno, isso não impede que a primavera chegue e com ela as flores. Quando digo isso, não estou falando somente de perdoar um assassino, pois muitas vezes precisamos perdoar a nós mesmos por termos cometido alguma coisa que reprovamos, e isso nos consome e nos martiriza. Precisamos perdoar nossos amigos que erram conosco, com ou sem intenção, quando se arrependem. Precisamos perdoar nossos pais, por ocasião da separação, quando nos obrigam a escolher com quem morar, e seja qual for a escolha, sempre sairemos perdendo; precisamos perdoá-los quando não estiveram perto de nós quando mais precisávamos deles; precisamos perdoar nossas esposas por não serem as esposas que sonhávamos, porém, são as melhores esposas que poderíamos ter; perdoem seus esposos, por não serem o príncipe encantado dos seus sonhos, porém, são os melhores maridos do mundo, mesmo com imperfeições e debilidades, perdoem.