sexta-feira, 22 de julho de 2011

A morte do "eu"

Olá! queridos e amados do Pai,

Acordei pensando em uma palavra ministrada em uma de nossas reuniões. Jesus, o Mestre, faz uma declaração bombástica ao afirmar que Ele é a porta, pois esta afirmação, categórica e definitiva, gera uma série de implicações que merecem a nossa observância. Como é de conhecimento da igreja, as revelações de Jesus contidas nas escrituras são verdades absolutas, não sujeitas à relativização fulcrada na lógica, filosofia, religião ou qualquer doutrina humana. Isto significa que toda afirmação não compatibilizada verticalmente com o Evangelho de Jesus, deverá ser expurgada da congregação dos santos. 

Jesus: a Porta.

Jesus disse:

" Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem".

Jesus declara com muita clareza a existência de duas possibilidades, reais e futurísticas, para todo gênero humano. Estas possibilidades inevitáveis a todos os seres são simbolizadas por duas portas, uma larga e outra estreita; e por dois caminhos, um espaçoso e outro apertado. Jesus afirmou que poucos há que encontrem a porta estreita e o caminho apertado que leva à vida. Não há como encontrar o verdadeiro caminho sem a passagem necessária e obrigatória pela porta estreita. A porta estreita e o caminho apertado têm sentido semântico de renúncia, haja vista que há um desconforto para alma de todo aquele que decidir por esta direção. Jesus disse que aquele que decidir ser discípulo Dele deverá negar-se a si mesmo e tomar sua cruz e segui-lo. Quando medito nesta declaração a lembrança do tabernáculo de Moisés é uma consequência imediata e inevitável. A primeira visão clara após a passagem pela porta do tabernáculo era o altar do holocausto,  onde um animal perfeito era imolado pelo sacerdote. O altar era feito de madeira de acácia com medidas específicas conforme o modelo determinado por Deus. Toda atmosfera que envolvia a construção e significado do tabernáculo de Moisés apontava diretamente para a vida ministerial de Jesus. O altar do holocausto aponta para a supremacia do plano do Pai, o sacrifício do Senhor Jesus Cristo para pagar o preço dos nossos pecados e nos resgatar do império das trevas. As ofertas diárias feitas no altar uniam o povo de Israel no culto, e apontava para uma lembrança de que sem derramamento de sangue não há remissão de pecado, até o dia que Cristo se ofereceu a si mesmo, uma vez para sempre. Depois do altar havia a bacia de bronze, onde Arão e seus filhos lavavam as mãos e os pés, para que não morressem; ou para quando chegassem ao altar para ministrar, para acender a oferta queimada ao Senhor. Esta bacia continha a água purificadora, que sem a qual ninguém pode se aproximar de Deus. Esta aponta para o Evangelho de Jesus e os ensinamentos Dele operando eficazmente na vida humana. Estes ensinamentos só terão eficácia em nossas vidas se: entrarmos pela porta estreita e caminharmos pelo caminho apertado revelado pelo Mestre. A palavra para deixar de ser apenas conhecimento formal e transformar-se em uma palavra revelada e eficaz na vida da igreja se faz necessário renúncia e morte do "eu".

O apóstolo Paulo fez a seguinte declaração:

"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim".

Denílson Alves

Graça e paz!