domingo, 3 de julho de 2011

Confusão: igreja dos homens + política > 1

Após a morte dos apóstolos, os discípulos separados e capacitados pelo Pai foram responsabilizados pelo pastoreamento da igreja, a saber: pastores, presbíteros, diáconos etc. Havia apenas uma igreja, submetida aos ensinamentos apostólicos e estabelecida em grandes centros como Roma, Alexandria, Antioquia, Jerusalém, etc. Não existia um líder geral que tivesse autoridade delegada para representação da igreja de Jesus em sua totalidade; e sim, líderes locais com a finalidade de pastoreamento da igreja. Neste tempo havia um Imperador Romano "convertido ao cristianismo" chamado Constantino, este com o apôio do bispo de Roma resolvem realizar o 1º concílio da igreja. Podemos verificar que a "confusão", ou seja, a mistura "igreja mais Estado" não é novidade, bem como as intenções de seus representantes. Neste período o Império Romano estava em decadência e enfrentava crises diversas, logo, ter a igreja como aliada e sob seu domínio, ainda que indiretamente, lhe parecia uma boa estratégia política. Por outro lado havia segundo a história uma crise entre o bispo de Roma e o bispo de Jerusalém em torno da liderança "espiritual" da igreja. O bispo de Roma (religioso) tendo como aliado o Imperador Constantino (político) convocam os grandes centros para o 1º concílio da igreja, e como não poderia ser diferente alguma coisa boa não poderia acontecer. A igreja é a noiva do Cordeiro e seus representantes devem zelar com zelo de Deus, não permitindo nenhuma negociação envolvendo-a, porém o bispo de Roma não se conformava com os ensinamentos do apóstolo Paulo à igreja de Deus em Corinto. O desejo do bispo de Roma, corrompido pelo poder, era ser estabelecido como líder espiritual da igreja de Cristo, para ter projeção religiosa, política e social. Neste concílio é estabelecida "igreja" de Roma como instituição oficial, sede, matriz, mãe etc. Surge então a "igreja católica apostólica romana", e todo aquele que não aceitasse tal resolução político-religiosa seria considerado "persona" não grata, hostil, rebelde, opositor e inimigo, como consequência lógica o nascimento da perseguição. Para evitar opositores em massa, são criados cargos eclesiásticos para distribuição entre os líderes (massagear o ego) de maior projeção no meio do povo e com isso o exercício de um maior controle. O cargo de bispo é substituído pelo papa, o "santo papa", com a finalidade de destacá-lo dos demais e produzir uma imagem divina, inquestionável e infalível para a função executiva. O princípio da infalibilidade papal é aplicado no segmento "evangélico" de forma sutil e disfarçada, estabelecendo-o com fundamento em textos com interpretação distorcida. A "igreja" denominada "católica" que significa universal, na verdade é romana; não é apostólica porque não conservam os ensinamentos dos apóstolos contidos nas Escrituras; e sim, uma verdadeira distorção dos princípios contidos no evangelho de Jesus.

O apóstolo Pedro afirmou em sua epístola que todos os cristãos são pedras que vivem, e que Jesus é a pedra anuglar provada, aprovada por Deus e rejeitada pelos homens. Após o Pai ter revelado para Pedro a identidade de Jesus, o apóstolo é informado pelo próprio Cristo que a igreja seria edificada sobre Ele, Jesus, a pedra angular, e de maneira alguma sobre um Pedro ou qualquer outra pessoa limitada pela própria natureza terrena.


Denílson Alves e Marcio Santos


Graça e paz da parte de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!